Na dieta dos cavalos, existem 6 nutrientes: carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e água. Todos são nutrientes essenciais, mas a água é quem está no topo da pirâmide.

Os cavalos podem sobreviver por quase um mês sem comida, mas sem água, nas primeiras 48 horas já têm sinais de impactação intestinal e cólicas, e não vivem mais de 5 dias sem beber água…

Atletas precisam estar bem hidratados, para que seu metabolismo tenha alto rendimento, que a musculatura trabalhe com perfeita circulação sanguínea, e que o fígado e os rins possam metabolizar com excelência os metabólitos gerados com o exercício.

Mesmo quando não estão suando e trabalhando, os cavalos necessitam da água para prevenir impactações no trato gastrointestinal. Quando a temperatura do ambiente cai, os cavalos naturalmente tendem a consumir menos água. Por isso, deve-se otimizar o manejo para certificar que os atletas consumam a quantidade suficiente.

1. Em geral, cavalos de 500 kg em treinamento, consomem aproximadamente de 20 a 55 litros de água por dia. Cavalos que estão no pasto, além de consumir água em bebedouros, consomem no próprio capim, que pode chegar a ter 80% de água em sua composição. Já os animais estabulados, que recebem feno na baia, necessitam maior volume de água a ser oferecida nos cochos.

2. A temperatura da água também influencia o consumo diário. Há muita discussão quanto a temperatura favorita para os cavalos, mas sabemos que eles têm mais acesso quando está entre 4ºC e 15ºC. Se a água estiver muito gelada, ou muito quente, não é bem aceita por eles. Em países onde o inverno é muito rigoroso, aquecedores são utilizados nos encanamentos para aquecer a água e assim aumentar a ingestão pelos animais.

3. A dieta possui um papel fundamental na determinação do consumo voluntário de água pelos cavalos, onde o consumo de água é proporcional ao consumo de matéria seca (ração, feno, feno de alfafa e suplementos), e pode sofrer uma alteração de acordo com a composição e digestibilidade da dieta. Cavalos que consomem feno à vontade, podem consumir até 25% a mais de água do que animais que têm quantidade reduzida de feno oferecida em horários pré-estabelecidos.

4. A água oferecida, tanto no pasto quanto nas cocheiras, deve ser limpa. Água suja, com cheiro forte, salobra, com presença de algas ou folhas em decomposição, diminuem ou até cessam a ingestão pelos animais. Os cochos e baldes devem ser lavados periodicamente.

5. A utilização de eletrolíticos orais pode ser feita para estimular o consumo hídrico, porém, muito cuidado, pois, os animais devem ter à disposição água limpa de boa qualidade para consumir após receber a suplementação eletrolítica, quando a resposta da sede é estimulada.

Garantir que o consumo de água seja suficiente quando as temperaturas estão mais baixas, ajuda a diminuir os riscos de cólicas e permite que o treinamento dos atletas seja realizado e a performance mantida.