Você sabia que o bloqueio palmar proximal não deve ser feito subcutâneo? E que o bloqueio palmar distal (4 pontos baixos) não deve ser feito igual do lado lateral em comparação do lado medial?
O foco do erro mais comum é no bloqueio dos nervos palmares, pois na maioria das situações a agulha é colocada no espaço subcutâneo, o que não é correto e acaba com a ineficiência da técnica de bloqueio. É necessário saber que a superfície palmar do membro torácico e pélvico, possui estruturas de sustentação muscular e tendínea como, por exemplo, as aponeuroses musculares (na altura da tíbia e rádio), retináculos (carpo e tarso) e fáscias palmares e plantares (metacarpo e metatarso).
Os nervos palmares lateral e medial, encontram-se exatamente abaixo da fáscia metacarpiana palmar e não no espaço subcutâneo, onde, normalmente se coloca a agulha. Ou seja que cada vez que se coloca a agulha subcutaneamente para bloquear estes nervos como parte dos quatro pontos altos, um cavalo com dor distal a esta região, nunca vai parar de mancar após o bloqueio e confundirá automaticamente a nossa interpretação. Esta fáscia também existe para o membro pélvico na região do metatarso com a diferença de que se incrementa o sufixo “superficial”, já que para este membro, existe também a fáscia profunda que envolve o ligamento suspensório do boleto. O princípio do BPN sub fáscia e não subcutâneo, se aplica então para os dois membros.