Você sabia que as infiltrações profundas de neurolíticos na região da coluna toracolombar e pélvica são “contraindicadas” como tratamento da “Dor de dorso” em cavalos de esporte?
Uma prática bastante comum do dia a dia nos cavalos de esporte, é a aplicação de neurolíticos regionais ou intramusculares na região da coluna toraco-lombar (músculo eretor espinhal), para reduzir a famosa “Dor do dorso”. Por outro lado, é também muito comum, a falta de conhecimento em áreas como a anatomia da região dorsal superficial e profunda, a biomecânica da coluna, a fisiologia e distribuição muscular, estrutura óssea, inervação e a vascularização, além do conhecimento no uso de métodos diagnósticos que auxiliam na escolha de um protocolo que realmente “trate” o problema e que seja no local onde ele se encontra.
Um exemplo é a Desmite do ligamento supraespinhoso, que pode ser tratada com ondas de choque ou “Shock Wave” (SW) no local da dor e inflamação, ou o “kisses spines”, por exemplo, onde associado ao SW, pode também ser tratado com fármacos sistêmicos intravenosos como o ácido Tiludrônico, que reduz a lise óssea com consequente redução da dor.
A osteoartrite dos processos articulares dorsais TL, podem ser injetados com infiltrações guiadas por ultrassonografia usando corticoides de curta e média ação nas regiões degeneradas, além de um manejo sistêmico e regional da dor (anti-inflamatórios não esteroidais, acupuntura, mesoterapia, etc). Já as infiltrações cegas de neurolíticos, são uma prática arriscada e sem benefícios lógicos para o cavalo.